Lua Nova em 9° Sagitário, 1 de dezembro de 2024
A mão é a janela para a mente*
Nesta lunação em Sagitário com seu regente Júpiter, em Gêmeos, recebendo uma oposição de Mercúrio retrógrado em Sagitário, ainda em orbe de conjunção com a Lunação, seria interessante observar o que se apresenta aproximadamente a um braço de distância, ao alcance das mãos, em sua experiência imediata, em sua vizinhança, no seu quotididano, seja o nome da rua a caminho do trabalho, a tatuagem do frentista, o livro que o amigo comenta, a frase na camisa do vizinho, o filme da Netflix no fim de semana, a letra da música tocando na lanchonete, enfim, muitas possibilidades de eventos nesta nossa narrativa ordinária.
Mas eis que aí se esconde a chave, a senha que abrirá um novo horizonte, uma nova aventura, uma nova consciência a partir de 26 de dezembro (quando da terceira e última oposição Mercúrio/Júpiter - a 1° foi 18/11 e a segunda será 04/12), mas sobretudo a partir de 9 de fevereiro de 2025 quando Júpiter desperta de sua retrogradação em Gêmeos e avança frenético disposto a escrever uma história que nós nunca ouvimos contar.
A sabedoria nestes tempos está guardada com o artífice, com aquele que usa suas mãos, rude ou refinadamente. Esteja atento e observe aí uma ponte para um saber, para uma ética, para a ativação de certos códigos herméticos que só se dão por esta via do apalpar, moldar, tocar, desenhar, limpar, segurar uma ferramementa, tocar um instrumento.
Jûpiter em Gêmeos de 12 em 12 anos vem nos chamar para esta verdade que Kant nos aponta. Primeiros os fundamentos, depois o refinamento, a especialização.
"Palavras não cozinham o arroz", nos lembra o Zen.
Portanto, antes de grandes tratados filosóficos, muitas vezes nada práticos, antes de grandes aventuras ao desconhecido, dê três voltas em torno de sua casa e arrume a desordem, conserte o que precisa de reparo, resolva o conflito com o vizinho, cozinhe o arroz e faça o chá, limpe as vidraças, pois uma camada de pó pode estar encobrindo um playground, um portal.
Desafie-se a fazer algo novo com suas mãos, algo que as suje, que as faça cavar um outro território em sua mente. Sem regras e crenças sinalizando o caminho, um território selvagem onde você se inaugura despido de pensamentos comuns ao realizar as mesmas tarefas.
A atitude mental é que diferencia a experiência: "faça com que seu estado mental seja mais importante do que o que estiver fazendo", diz Hugh Prather.
Então contemple e converse com suas mãos. O que elas executaram de novo nos últimos 12 anos? E deixe que elas te ensinem algo nestes próximos 28 dias. Ou resgate um saber manual já cultivado e descubra o que ele traz da longa hibernação.
Mas fundamentalmente, a cada decisão diária, reflita sobre a crença que o levou à primeira alternativa. E explore as possibilidades de escolha, caso você se desapegasse dessa crença, entendendo que ela não é uma Verdade, apenas uma crença formatada cultural e empiricamente. E que nossa visão de mundo pode ser formatada, pois é maleável, plástica.
Deixe o vento entrar e tirar o pó da vidraça, dos olhos, da mente!
Que seja uma inesquecível aventura essa Lunaçâo!
* I. Kant
** Para saber quais os potenciais específicos desta Lunação em seu mapa, agende uma consulta "Pocket Moon"
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