AQUI NÃO É CASA, É CAMINHO! 

Nesta LUA NOVA aos 24° Câncer, em que poderíamos dizer que seria a hora de plantar uma semente quanto aos temas  relacionados a lar,  família, maternidade, nutrição, suporte, padrões emocionais ,  eu diria que antes de plantar essas sementes,  precisaríamos repensar nossos conceitos associados a tais temas. Isto porque Mercúrio e Júpiter estabelecem uma quadratura exata como pano de fundo desta Lunação e, além disso,  Lua e Sol estão em sextil separativo a Urano, oposição aplicativa a Plutão e quadratura aplicativa aos nodos lunares que fazem sua transição para o Eixo Áries Libra no mesmo dia da Lunação. 

Anthony Robbins diz que os pensamentos-palavras que ligamos à nossa experiência se tornam a nossa experiência. Então nesta  última Lunação canceriana tendo Plutão em Capricórnio por oposição reavaliemos com critério esses conceitos que moldam nossa experiência dentro do arquétipo canceriano e expurguemos aquilo que trai nossa narrativa,  estando ali apenas por lealdades cegas, manutenção do status quo,  conformismo. 

Assim,  podemos tomar como exemplo o que entendemos por “familiar” num plano imediato:  é o conhecido,  parecido,  seguro. 

Porém,  não precisamos no deter nisso mecanicamente.  Podemo ir além, assumindo o conceito de meta- humano,  meta- realidade (“meta” é um prefixo que significa “além”)e reformular essa  ideia,  vindo a  permitir que tal conceito de “familiar” abranja o diferente, o estrangeiro,  o desafiador. 

Em relação aos padrões emocionais,  como um segundo exemplo,  podemos primeiramente nos perguntar: conseguimos reconhecê-los,  rastrear a sua origem,  perceber seus gatilhos,  sua influência em nossa fisiologia e comportamentos/reações?  Sabemos nomear nossas emoções,  temos vocábulário para isso?  

Bem,  se respondêssemos a essas questões teríamos uma cartilha sobre um aspecto basal de nossa existência (não é à toa que Câncer fica no fundo do Céu do Mapa Astrológico). E o mais interessante é que caso nos satisfaça a cartilha,  ótimo,  podemos mantê-la. Porém caso não faça sentido e se revele um obstáculo à nossa evolução,   podemos revisá-la e editá-la pouco a pouco. Simples? Não! 

Porém possível.  Nada é estável e permanente. A realidade é plástica, e a física quântica vem tentando nos despertar para isso nas últimas décadas - aliás isso faz parte da grande revolução da Cosmovisão que vêm desde a conjunção Urano-Plutão nos anos 60 e que  se impõe gradativamente  desde a entrada de Plutão em Capricórnio e  Netuno em Peixes ( inclusive Netuno também participa da Lunação  em trígono aplicativo aos luminares). 

Da crença de que há muitas realidades sólidas,   fomos migrando para “tudo que é sólido se desmancha no ar” e então para a “assustadora” verdade de que “nada é sólido”. 

E se isso nos assusta num primeiro momento,  logo nos damos conta de que há aí um portal de grande liberdade,  permitindo tudo mover/ transformar a nosso favor,  a favor do bem maior. 

Assim,  voltando aos temas da Lunação – família,  lar, suporte, nutrição, progenitores (sobretudo mães) ,  nós os manifestamos  em nossas  vidas como parte de nossas verdades ou precisamos ressignificá-los de tal modo que modificariam toda a nossa realidade? Ou seja:  existe um alinhamento entre o que entendemos por lar e o que vivemos como lar?  Muitas vezes existe,  e assim mesmo há um incômodo,   porque no íntimo compramos uma ideia de lar e nunca nos  desafiamos a questioná-la e assim construímos um lar que não é habitável para a nossa verdade. 

Nesta expansão de nosso campo semântico proposta pela quadratura Mercúrio e Júpiter,   podemos perceber ser possível tomar como “lar" o caminho desconhecido,  ver como “familiar” aquele que se antepõe aos nossos valores e objetivos,  desfrutar como “nutritivos” o jejum e o silêncio,   “acolher” deixando ir,  dizendo adeus. 

Esta Lunação  que terá seu ápice na Lua Cheia de 9°Aquário em 1° de agosto,   nos chama à liberação de uma forma-pensamento obsoleta que já não mais se coaduna com os tempos de Plutão em Aquário e Urano em Gêmeos que já se fazem sentir. 

Vênus prestes a retrogradar muito próxima a Lilith participa da Lunação como ponto focal de um Yod ou Dedo de Deus e nos pede para focar em nossa autenticidade, originalidade, custe o que custar,  porque tem algo maior que nós (Plutão Capricórnio), e que ainda não percebemos (Netuno em Peixes), pedindo -nos que, como crianças,  deixemos de querer controlar tudo,  e apenas brinquemos,  redescobrindo o sentido da vida a cada instante,  sem medo e sem culpa e honrando nosso coração.  

Portanto, por amor,  escolhamos habitar-nos por inteiro,  com tudo o que nos agrada e nos desagrada. 


Alexsandra Vieira✨

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